Um homem e a sua primeira vez com uma Piaggio 125cc
O Sérgio é meu amigo há uns bons anos. Pai de dois filhos pequenos, é um homem de família que, ainda que não goste de admitir, está perto dos 40 anos. Sabendo que sou um entusiasta das motas, aqui há dias o Sérgio proferiu a frase com que todos começamos a nossa relação com as duas rodas: “ando a pensar comprar uma mota”.
Já tínhamos falado sobre este assunto no passado, mas morando ele à distância de uma caminhada de 10 minutos do trabalho, foi algo que ficou no campo das possibilidades. Até agora, que o Sérgio mudou de trabalho e tem necessidade de se deslocar um pouco mais dentro da cidade e, por vezes, até para fora da mesma (aproximadamente 8 quilómetros).
Ora bem, como todos nós – homens – sabemos, há decisões lá em casa que não se tomam sozinhos. Ou, pelo menos, que nós não tomamos sozinhos. E comprar uma mota quando se tem dois filhos pequenos será apenas mais uma. Portanto, numa lógica de solidariedade masculina e porque genuinamente considero que a aquisição de uma scooter seria uma excelente opção para ele, fiz aquilo que qualquer bom amigo faria: convidei-o (acompanhado da família) para um test ride com a Piaggio Medley.
Não tendo carta de mota e nunca tendo conduzido mais do que uma 50cc na adolescência, havia alguma desconfiança em relação a conduzir uma 125cc. Sobretudo porque estávamos sob o olhar atendo da mãe de família (e todos nós sabemos a importância desta afirmação, certo?) e uma queda podia deitar a perder todos os planos futuros de aquisição de qualquer tipo de veículo motorizado com duas rodas.
E aqui faço uma ressalva: para quem já conduz outras cilindradas, uma 125cc (sobretudo uma scooter) é quase um brinquedo, mas para quem nunca se aventurou nestas coisas, convém respeitar os receios de cada um e, sobretudo, começar pelo básico. É importante perceber que se trata de um veículo capaz de atingir uma velocidade considerável e que não deve, de forma alguma, ser conduzido de forma leviana.
Assim sendo, escolhi um local quase sem trânsito e praticamente sem peões. Depois de uma breve explicação, passei-lhe o capacete e as chaves. Do primeiro arranque bastante titubeante, às passagens mais animadas e confiantes não passaram mais de 5 minutos.
Tal como previa, foi uma relação fácil de estabelecer, e rapidamente o Sérgio se entusiasmou com facilidade de condução da muito ágil Medley.
É, na verdade, um relacionamento muito simples: nós damos-lhe um afago no punho e ela responde com a alegria e vivacidade próprias de quem foi criada para isto. Fazer-nos chegar do ponto A ao ponto B com a maior ligeireza possível parece ser o grande desígnio desta scooter 125cc que tem tanto de confortável como de honesta.
Conclusão: a Piaggio Medley é, de facto, aquilo que parece; uma scooter simples, bonita, ágil e muito divertida de conduzir. O sorriso do Sérgio diz tudo.