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Like A Man

20 de Abril, 2020

Obrigatório: consumir português

Filipe Gil

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A economia (já) está de rastos. É uma ferida muito profunda que vai demorar a sarar. Mais uma vez. Para a geração dos quarentões e quarentonas, ou quase lá, é a segunda vez. Primeiro foi a crise de 2008, quando muitos começavam a ganhar voos, a liderar equipas, a avançar com projetos próprios, a ganhar mais dinheiro, zás! Tudo se desmoronou. 

Foram uns cinco a seis anos para recuperar, para voltar a ter uma vida mais normal, no qual os sonhos voltassem a comandar a vida. Agora com a pandemia da covid-19 parece que voltamos ao mesmo, senão pior.


Para uns irá custar muito, para outros nem tanto. É quase uma roleta russa. Quem era precário vai sentir a precariedade aumentar. Quem tinha uma vida razoável, pode ver uma hecatombe acontecer e deixar de ter dinheiro para pagar as mensalidades das várias coisas (é disso que é feita a economia e prosperidade das pessoas em Portugal): o ginásio, o streaming da TV, o SUV, etc., a viagem do verão passado que ainda está a ser paga...

Isto sem querer ser demasiado pessimista, porque há casos que ainda serão muito mais graves.

Mas há forma de revertermos esta situação? O que cada um de nós pode fazer quando parece que nada está nas nossas mãos? Pouco mas há. Comprar, consumir e preferir produtos e serviços portugueses. Partilho algumas ideias que, acho, podem ajudar:

- A primeira é óbvia, protejam-se e ao sair de casa usem sempre máscara e evitem a proximidade social. Porque não comprar máscaras às várias empresas portuguesas que as estão a fazer. Talvez seja um pouco mais caro do que mandar vir da China por um site estranho. 

- Comprar em mercados tradicionais (onde geralmente os produtos chegam de produtores nacionais e locais).

- Nos supermercados, tentar perceber quais os produtos que têm original nacional para os comprar, em deterimento de outros internacionacionais. Queijo e enchidos portugueses, cerveja nacional, arroz português, etc. Perguntem diretamente aos funcionários - com a distância devida - a proveniência dos produtos.

- Comprar produtos da época. Não vale a pena querer comer aquela laranja quando estamos no tempo de outras frutas. E podem continuar a consumir e a fotografar abacate, desde que seja cultivado em Portugal, okay? (Não sabia, foi um leitor que nos indicou. obrigado). 

- Comprar roupa portuguesa. Pode custar um pouco mais, mas dura muito mais. Já fizeram aquele exercício mental de pensar como pode custar menos de 5 euros uma t-shirt de uma marca internacional que vem da Ásia? Como foi pago o trabalhador que a fabricou? E quem a transportou? Alguém deve andar a ser explorado, certo?

- Na impossibilidade da necessidade de produtos que não sejam de marcas portuguesas, pelo menos escolham de marcas que tenham fábricas em Portugal.

- Começar a pensar quais os restaurantes que vão visitar no final da quarentena. A restauração vai precisar da ajuda de todos. 

- No Instagram e no Facebook há várias iniciativas de apoio a produtos portugueses, como esta: #consumirportugues. Pesquisem na rede social.

E há mais ideias. Muitas mais. Se quiserem contribuir, digam nos comentários que voltaremos a este assunto.

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