Conhecem uma das lojas mais cool de Lisboa?
Fotos de Bruno Veiga
Situada na LX Factory, a Stone 54 Life Style é uma loja para quem gosta de "coisas" bonitas. E quando falamos de coisas queremos escrever peças de vestuário, capacetes, calções de banho, óculos, relógios, colunas de som. Ah, e também têm uma ou duas motas para vender. É uma das lojas mais recentes do espaço do LX Factory mas já tem um passado na Avenida Infante Santo - também em Lisboa. A loja é a prova provada que o tamanho, por vezes não importa, são poucos metros quadrados mas que nos fazem viajar pelos vários objetos de desejo que lá vendem. Aconselhamos uma visita. A simpatia faz parte do serviço da casa. Para vos ajudarmos a conhecer melhor este projeto, o LiAM entrevistou um dos responsáveis, Miguel Velasco.
Como é que surgiu e quem são as pessoas por detrás da Stone 54 Life Style?
A Stone 54 nasce de uma vontade de dois amigos, ambos Miguel de nome e com interesses em comum. O Miguel Velasco (na foto) que cansado de uma carreira no ramo automóvel procurava novas motivações e o Miguel Vasconcelos que, tendo um espaço disponível, procurava também uma nova vertente para o seu grupo de empresas. Os interesses em comum e uma forte identificação entre os dois tornou o caminho muito claro e o aparecimento das motas transformadas, cafe racer, scrambler, etc. era um mercado em forte crescimento e com muitas lacunas na oferta.
"Alguém que privilegia o estilo e a individualidade em vez da velocidade"
E qual o conceito da loja?
O conceito é, na realidade, muito simples. Ser capaz de oferecer um lifestyle completo para aqueles que apostavam neste tipo de motas e que procuravam opções de qualidade e diferentes do que era normal. Um estilo ‘’Gentleman Driver ou Rider’’. Alguém que privilegia o estilo e a individualidade em vez da velocidade. Pessoas que procuram algo individual, pessoal, só deles. Motas, carros personalizados, todo um lifestyle completo e coerente que passa por tentar ter uma oferta muito completa desde os capacetes até aos blusões, mas passando por óculos, headphones, malas ou fatos de banho.
Estiveram alguns tempos na Av. Infante Santo, em Lisboa, e agora mudaram-se para a Lx Factory. Qual foi a razão da mudança?
A loja na Infante Santo foi a opção possível, na altura, para testarmos o conceito e termos a certeza de que estávamos no caminho certo com os produtos certos. A adesão foi forte mas limitada pela localização. O Lx Factory foi sempre, desde o primeiro dia, o sitio ideal, não só pela estrutura industrial/chique, mas também pela facilidade de desenvolver eventos de congregação dos nossos clientes.
E como está a correr no novo local?
Muito bem. Não só a adesão dos nossos clientes foi total como passamos a ter, em parte, uma forte clientela turística, que, não sendo fiel (é temporária, está cá de férias) tem abraçado o conceito e contribuindo para um aumento significativo do volume de vendas.
Quem são os vossos clientes?
Os nossos clientes sao pessoas que procuram um lifestyle diferente, longe das velocidades e da ostentação. Querem coisas boas, de qualidade, mas sobretudo, procuram algo de único, só deles. Uma mota customizada a seu gosto, com um capacete também ele único e de grande qualidade. Procuram um parceiro que desenvolva conceitos onde eles se sintam bem a viver, com eventos e encontros de partilha de experiências.
E como se diferenciam do resto das lojas que vendem motas e acessórios?
O conceito global é fundamental. Depois vem o produto e depois a comunicação. Optamos por entrar neste mercado por cima, com marcas de grande qualidade e com produtos diferentes do que era normal. Quisemos apresentar produtos que usávamos todos os dias na nossa vida pessoal. Produtos que não são só para andar de mota mas também para sair à noite ou andar durante o dia. Ninguém vai para um jantar com o blusão que usa para andar de mota. Excepto com os nossos.
(sobre costumização) Há muita gente a fazer bonito mas sem qualidade. E isto são máquinas que depois vamos usar no nosso dia a dia. Não podemos brincar.
A customização das motas (e carros) é uma moda que está a crescer em Portugal?
Sim. É um mercado em forte expansão, até já a precisar de alguma regulamentação. Há muita gente a fazer bonito mas sem qualidade. E isto são máquinas que depois vamos usar no nosso dia a dia. Não podemos brincar. No entanto, existem cá customizadores de grande qualidade e amplamente reconhecidos fora de Portugal. Nos carros é igual, existe gente com muita qualidade mas também há muita coisa mal feita. Nós optamos por nos associarmos apenas a parceiros com um nível de qualidade muito elevado de forma a podermos garantir uma total segurança e durabilidade do que propomos.
Há mercado para mais lojas vossas, noutros pontos de Portugal?
Pensamos que sim. Mas Portugal é um pais muito pequeno e com muitas limitações de expansão.
Também transformam motas? Que projetos podemos saber e ver sobre este vosso trabalho?
Era uma evolução natural. Já tínhamos vendido motas ligeiramente costumizadas com alguns acessórios como parte fundamental do conceito mas nunca uma completamente desenvolvida de raíz, o que acabou por acontecer durante o Arte & Moto no fim de Maio, em parceria com a Unik Edition.
Recentemente angariaram mais uma marca, a Deus Ex-Machina, para a vossa loja. Estão a representar a marca, tal como fazem com os capacetes da Hedon?
A Deus Ex-Machina é uma marca com a qual temos uma forte identificação. Os valores são os mesmos. Era uma marca na qual sempre tivemos interesse mas a localização na Infante Santo não era a melhor. Agora sim, apostamos fortemente na marca e acreditamos nela para o futuro. Vamos começar devagar e vamos ver até onde podemos ir. Com a Hedon é diferente, pois desde o primeiro dia que actuamos como distribuidores para Portugal.
Como veem a Stone 54 daqui a dois anos?
Diferente seguramente, pois vamos evoluir e crescer com o mercado, mas acreditamos que este formato veio para ficar.