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Like A Man

26 de Janeiro, 2017

A vida é demasiado curta para coisas feias

LiAM
piaggiomedley1_liamÉ isso mesmo. A nossa vida é demasiado curta para estarmos rodeados de coisas feias. Muitas delas podem ser muito práticas e racionais, mas coisas sem emoção não prestam - pelo menos para mim. No que respeita a motas, sobretudo nas scooters passa-se isso, temos as nipónicas que têm uma grande fiabilidade e temos as italianas, igualmente boas mas que apostam muito mais no design. Ora sou daqueles que prefere uma coisa bonita, com estilo e boa, a uma coisa muito prática, brutalmente estóica e feia.E embora nunca tenha experimentado um scooter nipónica (das várias marcas presentes no mercado) quando paro ao lado delas num semáforo, ou a estacionar, vejo que estou a conduzir uma mota mais bonita e com mais estilo. E penso mesmo que apesar da questão pratica de andar de mota, que é ir do ponto A ao B em segurança, fazê-lo numa coisa bonita é diferente. Dá-me mais prazer. Tenho esta "coisa" por motos italianas que as japonesas não me despertam (mesmo em cilindradas superiores).piaggiomedley2_liamIsto tudo para vos contar que, depois do João ter andado várias semanas com a Piaggio Medley coube-me a mim andar e testar a scooter de 125 cc da Piaggio.E faz hoje precisamente três semanas que a fui buscar ao stand da marca em Alcântara, Lisboa. Com apenas 1 quilómetro! Um verdadeiro privilégio!Ora, se de motas ainda não tenho muita experiência, tenho conduzido scooters diariamente desde setembro. E já conduzi cinco motas diferentes, desde uma Vespa Primavera, à SYM Fiddle III, outra SYM, a Jet 4 (veículo de substituição que a HM Motos me facultou) ou a Piaggio de três rodas, a MP3.Agora diariamente com a Medley posso comparar com as anteriores experiências. A diferença está sobretudo na qualidade. Nota-se que a Medley tem mais qualidade que as motas asiáticas (sobretudo chinesas) que conduzi. Sou suspeito: gosto de motas italianas, como já escrevi e quem me conhece bem sabe o quanto suspiro por uma Moto Guzzi. Um dia, um dia...Ainda hoje (quinta-feira), a chover e bem em Lisboa fiz-me à estrada com esta mota. E com toda a precaução necessária fiz os meus percursos sem problemas. (conduzir mais devagar, estar ainda mais atento à envolvência, dar mais distância do que o normal para o veículo da frente, olhar para estrada para evitar os malditos aquaplannings, etc.). O facto desta mota estar equipada com um vidro à frente faz toda a diferença. A marca emprestou-nos ainda uma daquelas mantas para proteger do frio. E embora seja necessário alguma atenção para não nos atrapalharmos quando colocamos o pé no chão, sabe mesmo bem. Apesar de aqui, com a tal manta, o estilo ficar um pedaço de lado. Mas é a prova que se pode andar de mota todos os dias, mesmo quando chove muito.piaggiomedley3_liamEstou a gostar mesmo da experiência. A scooter é um pedaço alta (pelo menos para mim), e tenho que me chegar um pouco à frente no banco para ter os pés bem assentes no chão, mas quando em andamento, a posição de condução é muito cómoda, com um aconchego do resto do banco para o pendura - que está a um nível mais alto.As rodas altas são excelentes para o "fantástico" piso de Lisboa (cheio de buracos, carris e óleo espalhado). Mas há algo que me dá um grande prazer nesta 125 cc: o barulho do motor.  Sobretudo quando o ligo. Muito a lembrar o das Vespas. Será que têm o mesmo motor?Pontos negativos? Há sempre, encontrar a mota perfeita é como andar atrás do Santo Graal, mas para uma 125cc, e pela experiência que tenho tido até ao momento, só posso dizer bem (e não, não me estão a pagar para tal). Acho esta Medley uma seria concorrente à Honda PCX 125. E não é só uma questão de estilo...Em breve eu e o João publicaremos a review final, com todos os pontos deste modelo da Piaggio.