A que cheira uma memória?
Confesso que não sou o tipo com a melhor memória do mundo (na verdade, nem mesmo lá da rua), mas se há coisa de que me recordo muito bem é de alguns aromas. Sobretudo os que me são mais próximos e familiares. Não tendo uma particular memória de um odor que me tenha deixado uma má recordação, tenho, por outro lado, memória de muitos aromas que me marcaram pela positiva. Aromas, que muitas vezes não tenho presente ou não consigo identificar, bastando porém uma fugaz snifadela do dito para, fechando os olhos, me transportar para um outro tempo e, muitas vezes até, um outro lugar. Um exemplo: não consigo passar (o nariz) por um cipreste sem me recordar dos dias de brincadeira junto à casa dos meus avós na Beira Alta.
Sim, muitos desses odores de que recordo com particular carinho estão relacionados com a infância. Freud explicaria isso melhor do que eu, com certeza, mas à falta de acompanhamento profissional, parece-me evidente - pelo menos no meu caso - que o olfacto é um dos sentidos mais ligados às recordações, talvez numa disputa muito acesa com o paladar. Quem sabe por envolverem um sentir dentro de nós algo que os outros sentidos não nos podem trazer, a verdade é que o olfacto, e as memórias dos odores, assumem uma importância muito evidente, sobretudo no contexto familiar. O cheiro da pele mulher da nossa vida, dos cozinhados da avó, das férias de verão, do perfume do pai, tudo são marcas gravadas a ouro na memória dos nossos dias. Uma gravação que tantas vezes está guardada dentro de nós, sem que nos lembremos dela até voltarmos a sentir aquele aroma, a passar por aquela experiência.E os perfumes/fragrâncias têm essa capacidade. É, no fundo, o aroma que escolhemos para nos apresentarmos ao mundo. Recordo-me, por exemplo, com alguma precisão (lá está, Freud explica) do momento em que comecei a usar perfume. Andava no ensino secundário (sinto-me velho ao usar este termo) e recordo sobretudo o efeito que sentia que aquela fragrância provocava nas miúdas, na altura. Nunca fui um D. Juan, mas a verdade é que isso dava-me confiança para a interacção com o sexo oposto, sempre tão difícil naquela altura da nossa vida.
Anos mais tarde, usei esta mesma fragrância que a Hugo Boss agora evoca com o lançamento da versão INTENSE e, de novo, recupero algumas das sensações que vivi na altura, num misto de contentamento e conforto interior. É quase como abraçar um velho amigo, sendo que esse amigo somos nós, na nossa versão de há uns bons anos atrás. Sim, os perfumes têm mesmo essa capacidade. Os bons perfumes, pelo menos. A sua intemporalidade permite-nos viver mais tempo aquela recordação, trazê-la dentro de nós por muitos e bons anos, fazendo-nos sorrir perante a distância dessa lembrança. Por isso, fica a dica. Atenção à fragrância que escolhem para vos representar. Perante o mundo, a mulher da vossa vida e, sobretudo, perante os vossos filhos. Será também essa a memória que eles vão levar pela vida fora e quanto mais intemporal ela conseguir ser, mais oportunidades terão de vos recordar (também) pelo bom gosto. Este é, para mim, um excelente exemplo disso mesmo. Se quiserem experimentar: BOSS BOTLED INTENSE, disponível em 50ml e 100ml.Minhas senhoras (eu sei que nos lêem), o Natal está aí à porta e, como diz o embaixador BOSS BOTLED, o Sr. Gerard Butler, que eu também sei que apreciam, “as fragrâncias são um dos presentes mais pessoais e especiais que alguém pode oferecer e receber no Natal. Prova que conhecemos e amamos verdadeiramente a quem as oferecemos”.
Fica a dica do LiAM.