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Like A Man

14 de Dezembro, 2016

30 dias de Medley

LiAM
[gallery ids="1385,1384" type="rectangular"]Cumpridos os primeiros 30 dias ao volante da Piaggio Medley, parece-nos importante fazemos um primeiro balanço desta relação. Será isso mesmo, uma relação, já que isto das motas é muito mais do que pegar no veículo e conduzir do ponto A ao ponto B. Cria-se, de facto, uma relação de cumplicidade e até de algum carinho. Acreditem: quando nos expomos e ficamos tão vulneráveis como estamos em cima de uma mota, podem crer que esta acaba por tornar-se uma extensão de nós, assumindo uma importância que um carro não terá, por muito que gostemos dele. E atenção que se há quem goste do seu carro somos nós, homens.Mas antes de acelerar nos comentários, uma ligeira travagem para um disclaimer: sou um fã incondicional de scooters e, depois de ter uma série de motas nos últimos anos, acabei numa “relação séria” com um motociclo deste segmento, mas com um motor de 650cc. Digo isto apenas para “balizar” um pouco a coisa, uma vez que será inevitável fazer uma outra comparação, que pode nem ser a mais justa para a simpática Medley, já que estamos a falar de scooters completamente diferentes, até no segmento de mercado a que se dirigem.E, deixem-me que vos diga, que tem sido uma experiência muito interessante, deixar a minha scooter na garagem e sair apenas com esta Piaggio Medley 125cc, menos potente, mas também muito menos pesada e volumosa. Para além das evidentes diferenças em termos de motor, acelerações e comportamento na estrada, há algumas conclusões que são, em certa medida, surpreendentes. Antes de as enumerar, queria só deixar claro que estou longe de ser um expert em motos, o que até pode ser bom, dado que presumo que a grande maiorias de vós também não será. Estamos em pé de igualdade, portanto, sendo que eu tenho a vantagem de andar com esta “menina” nos últimos 30 dias.E o resultado tem sido, para já, bastante surpreendente. Claro que a Medley não tem a capacidade de resposta e de aceleração de uma 650cc, nem tão-pouco será das mais rápidas entre as scooters 125cc, mas a verdade é que quem procura um motociclo deste segmento não será propriamente um Valentino Rossi à espera da sua grande oportunidade. E vendo pela perspectiva do utilitário, esta Piaggio apresenta duas características que, na minha perspectiva, a tornam numa excelente opção para uma utilização citadina: a facilidade com que se mexe no meio do trânsito e o conforto em mau piso, resultado da sua roda alta.[gallery ids="1386,1383" type="rectangular"]Depois, há todo um estilo de condução e uma ciclística que imediatamente remetem para as férias em destinos como Formentera, Tailândia ou Bali, onde nos fazemos transportar em motas deste género, mas com menor qualidade e bem mais “estafadas”. Dizer, por isso, que andar com a Piaggio Medley é uma constante sensação de estar de férias, seria inteiramente verdade, mas bastante redutor. Esta Piaggio é muito mais do que isso. Sobretudo para quem pretende aventurar-se neste mundo das scooters e sempre teve algum receio, ou alguém que procura um veículo de qualidade para as suas deslocações diárias pela cidade e a ocasional ida à praia no fim de semana. A Medley poder ser exactamente isso; a nossa parceira do dia a dia, em que confiamos para nos levar aos nossos compromissos sempre a horas e com quem damos uma escapadinha à praia para um mergulho ou, no inverno, só para ver o mar.Mas como ainda teremos mais algum tempo para testar, sobretudo agora que as condições climatéricas começam a agravar-se, vamos deixar algumas considerações para depois. Até porque pretendemos debruçar-nos sobre a eterna questão da sazonalidade na condução em duas rodas. Sim, vamos conduzir à chuva e ao frio e fazemos questão de voltar para contar como foi.  

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