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Like A Man

27 de Novembro, 2018

Quando o melhor a fazer é o divórcio

João NC

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Apesar de ser um tema que atualmente é "quase banal" e que, felizmente, já não tem o estigma social que exista outrora, é sempre um tema difícil. Hoje falamos de divórcio. E nada melhor do que falar com alguém que é especialista em gerir "épocas" de divórcio como a Marta Moncacha. Foi o que fizemos. 


A Marta é especialista na matéria e dá aconselhamento na gestão de conflitos nas relações. A Marta é mãe de quatro. Casada. Mas já passou por um divórcio e sabe do que fala. E não, não é apologista do divórcio. Mas acredita que é um mal necessário quando se está perante um "mau casamento".


Senhores e senhoras, isto é um assunto sério. Para ser à luz de uma tranquilidade que muitas vezes falta no turbilhão de emoções que envolvem estes processos. Vejam o que nos disse a Marta.

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#Quando é que chega o momento do divórcio?
De todas, esta é a pergunta mais difícil! Não há receitas, nem é linear. O divórcio acontece quando a relação conjugal está desgastada de forma irreversível e quando existe, pelo menos, um dos elementos do casal tão insatisfeito com a relação, que toma a decisão da separação ou do divórcio. A chegada do “momento” é variável, porque cada um de nós tem os seus próprios limites e motivações, e cada casamento é único. 


#Como deve ser a "conversa"?
Deve ser o mais serena possível, sem a presença de terceiros, muito menos dos filhos do casal, se os houver. No mundo ideal, o elemento do casal que toma a decisão deverá ter feito algum trabalho de preparação junto do outro, verbalizando a sua insatisfação com a relação, dando sinais. Sabemos que nem sempre é possível esta “preparação”, por muitas razões: por medo do confronto, por insegurança, por alguma imaturidade… mas é certo que quando um dos elementos do casal é apanhado desprevenido, o impacto da separação é maior, a “conversa” pode ser mais difícil, e o período de “recuperação” mais longo e gerador de mais conflitos.


#Quanto tempo devem manter-se na mesma casa depois da decisão do divórcio?
O divórcio é o fechar de um ciclo e para que esse ciclo seja fechado, o casal que se divorcia deve deixar de partilhar casa. Isso ajuda os adultos a fazer “o luto” do projeto de vida conjugal que terminou, e ajuda os filhos a incorporar a nova circunstância de vida. Não nos podemos esquecer que a fase pós-divórcio é muito dura para todos os elementos da família, em que as emoções estão muito à flor da pele. Manter a coabitação pode potenciar conflitos desnecessários e, algumas vezes, de alto risco.


#Uma parte do casal sai sempre mais fragilizada que outra. Como deve ser gerido pela parte mais “forte”?
Presumo que “a parte mais forte” é quem tomou a decisão, certo? De facto, é quem está, supostamente, emocionalmente mais preparado para a transição.
Só há uma maneira de gerir: com profundo respeito pela dor do outro e pela história que viveram juntos. E com alguma tolerância relativamente às palavras ditas fora do lugar e ao descontrolo das emoções na fase logo depois da separação, que fazem parte do processo. E depois há a gestão da “culpa”, que mora com aquele que tomou a decisão durante muito tempo, mas que, ainda assim, não deve ser desculpa para tolerar faltas de respeito, nem abusos de nenhuma espécie.

 

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#O que se deve evitar fazer por quem quer terminar o casamento?
Há muitas coisas que devem ser evitadas, mas a principal a evitar, eu diria, é colocar os filhos no meio dos conflitos. E esta preocupação deve ser levada muito a sério por ambos os progenitores, independentemente de quem tomou a decisão da separação ou divórcio.


#Os filhos são razão para manter um casamento mesmo quando o amor entre o casal já acabou?
Acredito que os filhos são razão para os pais tentarem ser felizes, estando juntos ou separados. Acredito que quando uma relação está muito desgastada, ao ponto de pelo menos um dos elementos do casal estar, de facto, infeliz, os filhos estão invariavelmente infelizes. Não é o facto do casamento dos pais se manter a todo o custo, que torna os filhos felizes; o que torna os filhos felizes é a estabilidade e segurança que os pais lhes transmitem, independentemente da sua situação conjugal. Acho que muitas vezes se confunde “relação parental” com “relação conjugal”. A primeira é para a vida, a segunda é até todos os “protagonistas da história” sentirem que continua a valer a pena! Ainda sobre este assunto, pergunto que referências de afeto e de amor queremos deixar aos nossos filhos, quando persistimos num casamento (ou numa relação) que implica violência (física ou verbal), tristeza, desconexão, conflito permanente, insegurança?...Será essa a referência conjugal que queremos transmitir aos nossos filhos? A minha resposta é não. Quero deixar-lhes a esperança de que é sempre possível recomeçar, que todos temos esses direito e esse dever. Quero que lutem pela relação até conseguirem, mas que se sentirem no limite, sejam capazes de lhe pôr um ponto final.


#As datas importantes (aniversário, vésperas de exames, Natal, férias de verão) são razões suficientes para se adiar o divórcio mais um algum tempo?
Essa é uma das razões porque tantas separações conjugais se adiam, mesmo quando a separação emocional já está consumada. A minha pergunta é: não existirão sempre datas especiais? Na minha opinião, se a decisão está tomada, adiá-la prolonga o sofrimento de todos os envolvidos.

 

#E da parte de quem sai mais fragilizado, o que deve fazer? 
Deve pedir ajuda de pessoas em quem confia e que, à partida, não serão catalisadores de mais conflitos. Deve procurar cuidar-se, alimentando-se bem, hidratando-se, praticando alguma atividade física (nem que seja só caminhar), dormindo tudo o que conseguir. O auto-cuidado é fundamental nesta fase muito dura, assim como todo o apoio possível, desde que de pessoas que não tentem acicatar, mais ainda, o conflito. E em situações mais limite, pode ser necessário recorrer a apoio profissional (psicológico, psicoterapêutico…), sem nenhum preconceito.

 

#Como devem ser as semanas após a separação?
Não há receitas, feliz ou infelizmente. São semanas muito difíceis, em que grande parte das rotinas familiares se alteraram, e em que há muitas “frentes”. Mais uma vez, acho muito importante obter ajuda de amigos “neutros” e manter algumas rotinas que contribuem para tentar trazer alguma “normalidade” e saúde mental: alimentação cuidada, atividade física…
Relativamente aos filhos, é importante que ambos os pais (ou pelo menos aquele que estiver emocionalmente mais organizado), garantam a estabilidade das suas rotinas, sendo que o apoio da família alargada e/ou de amigos de confiança, pode ser uma enorme mais-valia. Uma dica que me parece muito importante, é avisar os Educadores/professores das crianças do que se está a passar na sua vida familiar. São as pessoas que passam mais horas diárias com os nossos filhos, e estarão tanto melhor preparados para lidar com a situação e para ficarem alerta para eventuais sinais de alarme, quanto melhor estiverem na posse da informação.

 

#Em discussões pré-divórcio há muita coisa que é atirada à cara uma da outra. Mesmo que inadvertidamente serão ditas coisas que vão magoar o outro para sempre. Como se deve evitar isso?
O respeito mútuo é a chave, assim como o esforço por trazer à memória tudo aquilo que o outro já foi para nós, independentemente do desfecho menos feliz. Houve uma história de amor, houve um projeto de vida comum, há filhos em comum, eventualmente. Por outro lado, é importante ter-se consciência de que (havendo filhos), a relação parental é eterna, pelo que é preciso preservá-la a bem dos miúdos.
A fase que referes é muito difícil, quer para quem está a tomar a decisão, quer para quem se vê confrontada com ela, pelo que é natural que surjam muitos conflitos e palavras ditas fora do lugar. A mensagem que deixo é que, passado o “tsunami”, é preciso resgatar a relação numa outra perspetiva, já que deixa de ser uma relação conjugal, para ser exclusivamente parental. É preciso reaprender a comunicar com o outro nesta nova relação, tornando-a funcional. O meu trabalho como Facilitadora Parental incide sobre isto mesmo: ajudar a encontrar estratégias para transformar a relação conjugal numa relação parental funcional, a bem dos filhos em comum.

 

#O divórcio é mais fácil para os homens ou para as mulheres?
Não acho que seja uma questão de género. Ainda assim, posso dizer-te por experiência própria, que em pleno século XXI, ainda existe muito preconceito relativamente às mulheres-mães que decidem, separar-se. É por elas que muitas vezes falo sobre o assunto, quer no blogue que escrevo (Dolce Far Niente), quer na minha conta de Instagram.

 

#Quando se arranca para um divórcio é natural que a guarda dos filhos fique com a mulher, ou há mais casos do homem assumir a guarda a 100 por cento?
Faz-me todo o sentido que os filhos tenham igual acesso à mãe e ao pai, assim como à família alargada de ambos os pais, portanto defendo a guarda alternada. Claro que estou a falar de uma família organizada e investida nos filhos. Se estivermos perante um progenitor negligente ou maltratante, o caso muda completamente de figura, naturalmente! Por outro lado, e porque cada caso é um caso, há muitos modelos, muitas ideias criativas, que poderão, inclusivamente, ser discutidas com um Mediador Familiar. O que me parece fundamental, é que os filhos tenham acesso a ambos os pais. Esse é um direito dos filhos e um dever dos pais.

 

#O Natal aproxima-se, como deve ser gerido o primeiro Natal após um divórcio?
Deve ser gerido com pinças. Mais uma vez, só há uma receita: preservar a estabilidade dos miúdos; preservar a paz, preservar-lhes as boas memórias da época. De resto, e havendo flexibilidade de parte a parte, a criatividade é o limite! Para teres uma ideia, o Natal do meu pai com os três netos mais velhos, é no Domingo de Páscoa, e não faz mal! 

 

 

 

 

 

 

 

23 de Novembro, 2018

Vintage ou tecnológico?

Filipe Gil

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Tal como todos sabemos o que é vintage é hoje mais apetecível do que era outrora. Costumo resumir este pensamento às peças de Bordallo Pinheiro, àquelas couves que víamos como auto do mau gosto nas casa das nossas avós e respetivas amigas e que hoje são um “must” em qualquer casa que tenha design como apelido. Em Portugal ou no estrangeiro.

 

Há quase uma explicação sociológica para a questão do vintage. Em tempos de crise económica e com a incerteza do que nos trará o futuro, tendemos a agarrar-nos ao passado. Que às tantas foi muito bom – mesmo quando não foi. Essa ideia conforta-nos. E termos objetos com história e que pertenceram a alguém que nos diz algo, é bom. Faz-nos sentir humanos e confortáveis. Afinal, não somos apenas um polegar de likes com um resto de pessoa agarrado.

 

Tudo isto para lançar a pergunta: e quanto aos relógios, preferem os tradicionais ou smartwatches?

 

Confesso que apesar de ter uma relação estranha com relógios – durante anos nem sequer usei. Ultimamente tenho apreciado cada vez mais. Dou por mim a “babar-me” com alguns modelos (que não têm de ser estupidamente caros). E sempre disse para mim mesmo que não ia embarcar na onda dos smartwatches. Nunca me seduziu os Apple Watches, os Samsung, etc. Mesmo com os relógios para desporto torci o nariz. Feios que até dói.

 

 

Mas eis que, como voltei a correr com mais frequência, comecei a testar os novos smartwatches de marcas como a Suunto e a Garmin. E agora estou baralhado. Gosto dos dados que aquilo me dá. Das calorias, dos passos, dos níveis de stress e até a quantidade de horas que durmo.

 

 

Ainda não decidi. Por um lado irrita-me andar sempre com o mesmo relógio. Olhar, pela manhã, para a minha mini, mini, mini coleção de relógios e escolher consoante o mood e a roupa é algo que me dá prazer.

Mas olhar para um smartwatch bonito, bem desenhado, e que ao desativar as irritantes e omnipresentes notificações me dá todos os dados que um quarentão com a mania que vai ficar fit precisa, é bom. Conforta-me.


Estou na dúvida. E por isso pergunto: e vocês. Vão no relógio clássico ou são tecnológicos e já não conseguem viver sem o vosso smartwatch?

15 de Novembro, 2018

Um clássico, agora eléctrico

João NC

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É a tendência do momento. Carros eléctricos, motos eléctricas, bicicletas eléctricas e trotinetes eléctricas. O eléctrico está a dominar a mobilidade, sobretudo urbana. E ainda bem.

 

O que tem estado ainda arredado desta equação é o factor-estilo. Tirando raríssimas excepções, os veículos eléctricos não são os mais estilosos a circular por aí.

 

Neste caso, a proposta que trazemos não é propriamente para circular na estrada, mas estilo não lhe falta. E, claro, é eléctrico.

 

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A Toylander é um fabricante britânico que desde 1987 se dedica a produzir pequenas maravilhas com quatro rodas. São reproduções à escala de modelos icónicos de carros, jipes, e até tractores, que fazem as delícias dos mais pequenos – naturalmente – mas também dos seus pais.

 

Veja-se esta pequena maravilha. Uma recriação do icónico modelo Land Rover Series 1 equipada com dois motores eléctricos e duas baterias que, combinados, permitem atingir uma velocidade máxima de 8 km/h. Uma verdadeira loucura.

 

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A atenção ao detalhe deste magnífico Land Rover fica bastante evidente na lista de equipamento do “menino”: pmanómetros, travão de mão (e de pé), buzina, pára-brisas basculante, pneus reais e capot que se abre, tal como nos “grandes”.

 

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A acompanhar vem o manual com tudo o que precisamos de saber para sermos nós a montá-lo, caso o desejemos. O que será sempre um excelente momento de ligação entre um pai e um filho, seja ele menino ou menina. Afinal, se há coisa que este Land Rover não faz é descriminar seja quem for. A não ser que esse alguém não tenha os 5.400 dólares que é preciso desembolsar para levar esta pequena maravilha para casa. Aí sim, é capaz de se sentir um pouco descriminado. Mas – hey! – não custa sonhar, certo?

 

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08 de Novembro, 2018

Tinder tips (dicas para facilitar a vossa vida nas dating apps)

João NC

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Quem nos segue há mais tempo sabe que o LiAM tem uma grande tendência para o serviço público. Homens a partilharem conhecimento com outros homens, e até com mulheres, numa espécie de inside information sobre a mente masculina.

 

São conteúdos que exigem trabalho de campo, pesquisa aprofundada e, aqui e ali, perigosa. Não é o caso desta vez. O “perigo” resumiu-se a uma mesa de restaurante e um jantar com duas amigas recém-entradas no mundo das dating apps. Recém-entradas e, até aí, críticas do fenómeno.

 

O que até se percebe, dado a má fama que este tipo de aplicações tem granjeado. Mas se é verdade que muitos a elas recorrem para encontrar o próximo parceiro sexual, outros há que nelas julgam ver a sua cura (Ornatos Violeta dixit). E por “cura”, entenda-se encontrar algo mais especial do que sexo casual.

 

Mas, afinal, que pensam as mulheres sobre os perfis masculinos no Tinder (e em outras aplicações do género)? Que tipo de dicas podemos nós dar para que vocês, leitores atentos, possam melhorar a vossa presença nestas plataformas?
Senhores e senhores (esta é só para os homens), aqui fica um primeiro apanhado. Sim, desconfio que ainda havemos de regressar a este assunto:

 

1. Casados não, obrigado.

Não é à toa que esta surge em primeiro lugar. Rapazes, se estão num relacionamento, mesmo que este esteja morto desde o Natal passado, façam um favor ao mundo (à parte decente, pelo menos): mantenham-se afastados dos Tinders da vida. Resolvam o que têm a resolver lá em casa e depois, sim senhor, façam-se à estrada.

Pelo que pudemos apurar, a maioria das mulheres não aprecia a ideia de envolver-se com um homem casado. Mas deixamos – sempre – espaço para quem pense o contrário.

 

2. Sorriam. Sorriam sempre!

Não será segredo para ninguém que uma das características que as mulheres mais apreciam, logo a seguir ao “sentido de humor” - que clássico -, é o sorriso. Neste caso será também uma forma de perceberem que os cavalheiros estão ainda na posse da sua imaculada dentição. Sim, porque essa coisa de “a cavalo dado não se olha o dente” é adequada para outro tipo de garanhões, não os das dating apps. Por ali os dentes contam, e muito.

 

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3. Guardem o álbum de família para vocês

Ok, têm filhos. Sim, adoram aquela fotografia das férias em Albufeira em que estão com o mais novo ao colo e o mais velho está mesmo giro a tirar macacos do nariz, ali ao lado. Mas não é bonito, senhores. Guardem o álbum de família para mostrarem no primeiro ou segundo encontro, se lá chegarem. Bom, e daí... talvez não. Enfim, aqui a ideia-chave é: nada de crianças nas fotografias. E isso inclui, digo eu, fotos vossas quando eram crianças. O que nos leva ao ponto seguinte.

 

4. Fotografias actualizadas, por favor.

Pensem comigo: o que interessa se tiveram um período da vossa vida em que se sentiam o George Clooney lá do bairro, se agora se parecem com Jeff Goldblum a sair da máquina no filme “A mosca”? A premissa é muito simples: a miúda vai sair convosco AGORA, pelo que vai querer perceber se vos acha graça AGORA. Não há 15 quilos atrás (sim, aqueles quilos que andam a prometer deixar para trás quando voltarem ao ginásio) ou quando tinham 5 anos (isso até seria estranho). Claro que podem sempre argumentar que querem passar a ideia de terem bons genes e tal, mas a verdade é que, até prova em contrário, o vosso eventual match não está à procura de um dador de esperma que a engravide na primeira noite.

 

5. Fotos em tronco nu e/ou em frente ao espelho e/ou no ginásio.

Esta pode causar algum espanto e até confusão. Não será consensual (será?), mas ao que parece a maioria das mulheres não é apreciadora de imagens em que os cavalheiros “metem a carne toda no assador”. Uma frase que serve para o contexto futebolístico, e serve também para dizer que devem ir com calma. A verdade é que homens e mulheres são diferentes. E, suponho, que este ponto varie em função do propósito com que se recorre à aplicação. Se é para “coiso”, imagino que será bom ver de que fibra é feito o cavalheiro. Se é para “casar”, suponho que se prefira alguém mais recatado na exposição do corpo.

 

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6. Há vida para além das fotografias.

Ainda seguindo a linha de raciocínio anterior – e vamos acreditar que estas aplicações não servem apenas para encontrar o próximo parceiro sexual (desculpem, sou um crente) – é importante que revelem um pouco mais de vocês para além do palminho de cara (sorridente, lembrem-se). Escrevam umas linhas sobre vocês. Do que gostam, do que não gostam, o que procuram e, se quiserem, quais os “dont’s” absolutos para quem ambiciona conquistar a vossa atenção.

Uma nota: ao que parece, a parte da altura é importante. Pelo menos será referida de forma de recorrente. Até pode ser, se forem muito altos ou muito baixos. Tudo o que estiver num nível médio, não precisam de referir. A menos que tenham uma panca por mulheres com um metro e meio ou façam questão de ter uma nova companhia para ir aos figos.

 

7. Começar uma conversa sem ser com um “Olá, tudo bem?”.

Se tempos houve em que um "de onde teclas?" abria muitas portas, hoje as coisas estão um pouco diferentes. O que vos obriga a serem criativos, lamento. Lembrem-se que estão numa espécie de catálogo de homens. Haverá milhares de concorrentes (centenas, se reduzirmos a coisa à vossa idade e zona geográfica), pelo que convém não serem apenas mais um.

Pensem nisto como uma candidatura de emprego acabado de anunciar no Sapo Emprego. Se vão limitar-se a enviar o CV certinho, com um email tipo igual a tantos outros, é muito provável que a vossa candidatura fique perdida no meio de todas as outras. Claro que a “recrutadora” vai olhar para o vosso “CV”. Com sorte a vossa “carta de recomendação” até vai levar-vos ao desejado match, mas se aquela primeira tirada não for diferenciadora, provavelmente ela vai preferir falar com o candidato do lado, e não convosco. E ninguém gosta de ficar para trás. Não numa candidatura de emprego e muito menos numa dating app (reparem na noção de prioridades).

 

Dica: analisem o perfil do vosso match – as fotos ou a biografia – e tentem perceber um bom ângulo para iniciar a conversa. Atenção ao detalhe, precisa-se. Inteligência, para além da perspicácia, será um facilitador, claro. Se juntarem um pouco de humor, será meio caminho andado para iniciar uma conversação que, com sorte, vai levar-vos a um date. Depois, estão por vossa conta. No frente a frente não há truques, que as mulheres topam-nos à légua.

 

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06 de Novembro, 2018

Em busca da alegria ou da felicidade?

Filipe Gil

Knox+descansando+después+de+correr+42km+en+Sonora

 

Nunca fui dado a questões transcendentais. Tenho alguma curiosidade, tenho. Mas como tipo normal que sou, faço as coisas de forma o mais normal possível. Até irrita. Gosto (muito) do meu futebol que, por vezes, é um gosto boçal. Adoro um bom bife e nem penso se e como o animal foi morto. Sou fã de uma boa cerveja artesanal, que bebo mais vezes do que devia. E não, nem sempre reciclo! 

 

Isto apesar de em tempos me ter preocupado mais em usar coisas ecológicas, a crise atingiu-nos como um relâmpago e deixei de comprar coisas eco-friendly e fui atrás da promoção, como quase todos nós. Embora poucos o admitam. Por isso, veganismo, hot yogas, e todas essas coisas, o máximo que me provocam é um esgar de sorriso. 


Mas tenho que dar razão a certas ideias e tendências que nos ajudem a viver neste mundo completamente “cansado” e stressante. Às tantas parece que o mundo vive constantemente numa segunda-feira. Entre o cansaço do fim-de-semana e a pouca paciência de aturar o que for. E então quando chega o outono e o inverno parece que o peso do mundo está em cima de nós. E depois entramos no stress do Natal, e da ideia família perfeita… que só existe nos anúncios e em algumas contas do Instagram…, enfim. Cansativo.

 

A correria que existe hoje em dia é incrível. Vivemos atrás de projetos que nos estimulem e ao mesmo tempo achamos que metade da nossa vida é uma verdadeira seca. Há uma verdadeira diferença entre a alegria e a felicidade. A felicidade é transitória mas a alegria pode ser uma constante. 
Não digo a alegria parva de andarmos sempre a rir-nos. Mas sobretudo de encararmos a vida com mais alegria. E aqui e acolá percebemos que somos felizes. 

 

Tudo isto para vos contar que nos últimos meses - quase secretamente - tenho tentado perceber como algumas pessoas com gostos iguais aos meus, e com uma vida mais ou menos parecida - mas de outros países e cidades - se tentam equilibrar nesta correria.

 

E como a conversa já vai longa, faço o spoiler alert do post (finalmente!): meditação. 

 

Pode parecer estranho, mas 10 minutos de meditação por dia, mesmo antes de adormecer fazem maravilhas. Mesmo. Atenção, não vos estou a puxar para nenhuma religião ou forma de abraçarmos uma nova filosofia. Só que a meditação é um pouco como a corrida: custa muito no início, mas depois quando começamos a perceber da coisa, já não passamos sem ela. 

 

A mim tem feito maravilhas. Ainda não cheguei a um estádio muito avançado, mas pelo menos ajuda-me a adormecer e a esquecer os milhões de problemas que todos temos neste momento. Aconselho duas Apps (lá está) que apesar de serem pagas têm um período de teste que dá para perceber se somos para aquilo ou não. Cliquem nos links para verem os vídeos.

 

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Calm

Foi eleita em 2017 como a melhor App pela Apple. Dá para o sistema operativo da maçã mas também para Android. Visitem e testem. 

 

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Headspace

É a que mais gosto. Mais barata, mas muito intuitiva. Tem vários níveis, as primeiras 10 sessões são gratuitas. 


E vocês? Já experimentaram? Meditam? Não? Acham isto tudo um disparate e o melhor era comprar uma boa garrafa da whisky velho? Digam coisas.