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Like A Man

28 de Junho, 2018

Lençol dos dias

João NC

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Quero partilhar uma teoria convosco. Uma reflexão, digamos.

 

Imaginem comigo: um casal - que partilha a mesma cama - tenta tocar-se, mas tem um lençol a separá-los. Sentem o corpo do outro, mas o lençol pelo meio inibe o toque pele com pele. Será uma sensação de quase-toque. Sentem-se as formas mas não a textura da pele do outro.

 

Tenho para mim que é assim que muitos casais que nos rodeiam vivem as suas vidas. Numa ilusão de intimidade, de “toque de pele”, que não passa de uma sensação de quase-toque. O “lençol” da vida destes casais pode ser a ausência de diálogo, a falta de intimidade, a divergência nos valores com que regem as suas vidas ou até a mentira. Também os filhos e os afazeres profissionais, muitas vezes, assumem o papel deste “lençol” que nos afasta do outro.

 

Estamos fisicamente próximos, partilhamos rotinas, conversas de circunstância, mas a intimidade perde-se nesta “cama” da vida em comum. Uma cama que pode ter lençóis de seda, de algodão ou de flanela, em função do afastamento que se cria entre o casal. Há até quem tenha lençóis de forro polar, meus amigos.

 

Se o verão é propício para atirar com os lençóis para os pés da cama, aproveitemos para tocar a pele do outro. Baixem-se as barreiras e solte-se a intimidade. Sem filtros nem barreiras. Afinal, o mundo precisa de mais relações saudáveis. A humanidade agradece.

 

 

27 de Junho, 2018

Vamos à praia...com pinta?

LiAM

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Praia e mais praia. Já perceberam que somos adeptos de praia. E um dos problemas que se colocam nesta altura é a escolha dos calções de banho. Todos nós - todos! - magros, gordos, baixos ou altos, todos os anos gostam de renovar o portefólio de calções de banho. 

 

Ora, esta marca portuguesa tem calções com "grande pinta". A nova coleção tem 29 modelos diferentes chamada "Natural Habitat". De acordo com a marca, a ideia passou por "desenvolver o ADN inicial da Molkot que assenta na relação do homem com a natureza, a consciência ambiental, mas também o desejo de viver em comunhão com a natureza, de pés descalços e roupas ligeiras. Por isso os materiais são muito leves e confortáveis, à base de um tecido elástico que facilita todos os movimentos e se molda ao corpo".

 

Os calções da Molkot estão disponíveis no site da marca ou na loja da Cantê, no Chiado. O preço começa nos 69,90€. Vejam mais imagens de alguns dos modelos (senhoras, estamos a falar dos calções, ok?!): 

 

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24 de Junho, 2018

Essenciais com estilo para os dias quentes

LiAM

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Vestir no verão não é uma tarefa tão fácil como possa parecer. Claro, se falarmos de férias com idas à praia, piscina ou campo, as opções de vestuário ficam mais fáceis. Mas para o dia-a-dia na cidade e quando o calor aperta, não é fácil! 

 

Claro que a escolha da roupa depende da profissão e do estilo. Se podemos "arriscar" ou não, na escolha do que vestimos. Por isso mesmo, pensámos em (quase) todos vocês e colocamos as nossas escolhas da coleção de "essentials" de verão da marca Mango. Sobretudo para os homens que querem que a "pinta" continue com o tempo mais quente. Vejam a nossa escolha e digam-nos o vosso conjunto preferido.

 

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18 de Junho, 2018

A praia

Filipe Gil

 

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Como a grande maioria dos portugueses, adoro praia. A praia não me é só descanso e prazer de olhar o azul. Ou mesmo o amarelo da areia fina, para mim a melhor areia do mundo, da longas praias da Costa. A praia para mim é uma coisa muito boa, e boa é a Costa. A Costa que começou em São João, quando era criança e vai até à Fonte da Telha, onde, na maioria das vezes, levo os meus filhos. Essa é a minha praia.

 

Mas a praia é-me mais do que isso. São memórias boas. Memórias de família. Memórias do meu pai e dos meus tios e primos, memórias de jogatanas de futebol na areia dura da maré baixa. ao final da manhã. Na altura, quando os jogadores profissionais de futebol eram mais velhos que eu e os cabos do mar nos fiscalizavam o "esférico".

 

Lembro-me de ver o meu pai jogar, com a elegância que vi a poucos. Mais elegância do que jeito, e por isso preferia ir à baliza improvisada com dois montes de areia para poder ficar a olhar largos minutos para ele. Ele e a bola.


Já o meu tio, que tinha sido jogador de futebol profissional nas antigas colónias e depois no Oriental de Lisboa, era um talento nato. Era como ter o Maradona ali ao lado em calções de banho. A bola para ele não tinha segredos. De tal forma que os passou aos filhos, os meus primos, que ainda estou para saber por que razão nunca foram jogadores profissionais de futebol.

 

E a praia era isso. Era olhar para o futuro. E eu magro. Muito magro a pensar como seria a praia do futuro.

 

A praia era também a parte que menos gostava, quando os meus pais nos enfiavam num carocha sem ar condicionado e onde eu e a minha irmã adormecíamos exaustos e suados ainda antes de chegarmos à Ponte. Com sorte, levavam-nos ao colo até casa e só depois nos acordavam para tomar banho. Que felicidade esses mimos.

 

A praia para mim era também o pós-praia quando por vezes invadíamos a casa de uns tios que moravam ali perto da Costa, tomávamos banhos de mangueira e depois contávamos os minutos para ver a série original “V- Batalha Final”, ou então aquele jogo do Mundial ou Europeu a puxar pela seleção que mais simpatizávamos na altura, fosse a Holanda ou o Brasil. A portuguesa, na altura, nem sequer nos jogos de máquinas arcádia aparecia como alternativa.

 

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Ainda este fim-de-semana, quando fiz praia pela primeira vez em 2018, me recordei disto tudo. Com saudades desses tempos e com a certeza que foram dos anos mais felizes da minha vida. E pena, muita também, dos meus filhos não poderem ver o avô a tratar a bola com a tal elegância. Já lá vão cinco anos, feitos no sábado passado. E apesar de ter de aceitar, é como uma doença crónica. Sempre presente, como um buraco no peito. Fica a alegria dele estar sempre presente. Em mim e nos meus. E na praia. Naquela praia.

 

15 de Junho, 2018

Bicicletas, agora em cápsulas

João NC

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É sabido que as bicicletas, e o desporto em geral, podem ser a solução para muitos males. Males de amores, físicos e até psíquicos. Praticar desporto só nos faz é bem.

 

O que não conhecíamos – pelo menos aqui no LiAM – é que as bicicletas podem ser servidas em “cápsulas”. No caso, as cápsulas da Alpen Bike. À prova de água, seguras e, dizem, indestrutíveis, estas mini garagens são desenhadas para serem isso mesmo: garagens individuais para as nossas bicicletas.

 

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Disponíveis para pré-encomenda, as Alpen Bike Capsules podem ser colocadas no terraço lá de casa, na garagem e até num parque público. Lá dentro há espaço para a bicicleta, acessórios e para um cadeado que mantém a nossa propriedade segura.

 

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14 de Junho, 2018

Cada um de nós tem três tipos de vida?

Filipe Gil

 

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Sim, é verdade. Todos nós temos uma vida pública, uma vida privada e uma vida...secreta. Explico melhor. Há uns dias vi um filme italiano no videoclube da box lá de casa, o título na língua original é “Perfetti Sconosciuti”, traduzido à letra seria Perfeitos Desconhecidos, mas alguém decidiu que o título em português ficava melhor como: “Amigos, amigos, telemóveis à parte”. Enfim.

 

O filme é mais ou menos isto – podem ler que não darei spoilers – um grupo de amigos, uns casados ou juntos e outro divorciado, juntam-se para jantar em casa de um dos casais. Com os problemas e situações normais pelo qual já todos passamos. O vinho que se leva ao jantar é caro o suficiente? Será que o tal casal vai dizer aquelas coisas que nos incomodam? A tal mulher do amigo vai estar mais magra ainda, etc.

 

Às tantas, na conversa à volta da mesa – coisa que tal como os portugueses os italianos gostam de fazer-, uma das mulheres faz um jogo: que todos coloquem os seus smartphones em cima da mesa, com as notificações ligadas, e partilhem as várias mensagens, telefonemas, e SMS que vão recebendo durante o jantar. Tudo para perceber se, de facto, existem ou não segredos entre melhores amigos, e entre os casais.

 

Para saberem como as coisas se desenrolam vejam o filme. Há muitos stresses, mal entendidos, discussões, risos, beijos, etc.

 

Mas às tantas, como podem ver pelo trailer (abaixo) a conversa anda à volta da forma como deixamos que os smartphones comecem a dar maior importância à nossa vida secreta do que às outras. E atenção, que quando falo em vida secreta não quero falar só de amantes e facadas nos casamentos. Podem ser guilty pleasures. Aquela música que não queremos que ninguém saiba que gostamos. Aquele perfil que seguimos no Instagram. Aquele feed de uns sites estranhos sobre um gosto qualquer mais peculiar que tenhamos – e não necessita de ser de cariz sexual - e que não partilhamos com quase ninguém.

 

Mas o filme fez-me pensar noutro problema, que não a fidelidade ou falta dela. Se isto continuar assim prevejo que no futuro seremos apenas seres individuais. Ligados umbilicalmente aos nossos aparelhos. Tudo estará à distância de um clique. Uma refeição, um elogio, um parceiro sexual, uma viagem ou aquela compra que nos preenche. Basta clicar e... feito.


Será um futuro triste, ainda um pouco distante, espero, mas que poderá acontecer. Isto tudo porque, parece-me, a nossa vida secreta está a ganhar cada vez mais espaço e importância nas nossas vidas. Concentramo-nos a viver através de ecrãs e deixamos a experienciação de lado. Parece tudo demasiado parecido com o Matrix.

 

O assunto é sério. E já há muita gente a pensar no que isto “vai dar”. Até a Apple irá disponibilizar em breve Apps para monotorizarmos o tempo que nós e os nossos filhos passamos online. Há uma vida lá fora. E vidas secretas também sempre existiram – só que não nos tomavam tanto tempo e não tinham tanta importância

 

O trailer, com legendas em inglês:

 

 

 

11 de Junho, 2018

A vida sem reservas

João NC

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A morte de Anthony Bourdain deixou o mundo em choque. Espanto e incredibilidade marcaram as horas (dias?) após o anúncio do suicídio do chef e apresentador de “No Reservations”. E nós não fugimos à regra. E ficámos a pensar.  

 

Numa altura em que tanto se fala em morte clinicamente assistida, não deixa de ser tristemente irónico que um homem com o carisma e sucesso de Bourdain tenha escolhido pôr termo à vida fazendo uso do seu livre arbítrio e do facto de estar em pleno uso das suas capacidades físicas. Porquê? Numa análise simplista, porque pôde. Estava fisicamente apto para tal e emocionalmente instável para o desejar.

 

O mundo lamenta a opção e, agora, abre o debate sobre a depressão, ao que parece uma sombra sempre presente nos últimos anos da vida da estrela de televisão.

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A forma como esta doença invisível é tantas vezes negligenciada revela-se ao mundo em episódios tristes como este, que no caso de Bourdain terá resultado de uma perigosa combinação de fragilidade emocional com consumo excessivo de álcool e, dizem, drogas.

 

Neste diz-que-disse, importa mais o resultado final – perdemos um tipo cool que gostava das coisas autênticas da vida, mesmo que não fossem as mais populares entre a elite culinária – mas importa, sobretudo, não negligenciarmos as causas. Só assim podemos aprender com situações como esta e evitar que se repitam.

 

O Filipe já aqui escreveu em tempos sobre a depressão e hoje, ao reler, fica muito evidente a relação entre o que escreveu e o que se poderá ter passado com Anthony Bourdain e, com toda a certeza, acontece com muitas pessoas à nossa volta, sobretudo homens que, por serem muito “machos”, não procuram ajuda nos momentos de maior fragilidade. Não quero com isto dizer que terá sido o caso do Chef e estrela de TV, até porque não tenho dados para isso. Mas estou certo que será uma situação recorrente, esta de não procurar ajuda porque será um sinal de fragilidade. E tanto vale para homens como para mulheres.

 

Muitas vezes estamos demasiado fechados na nossa bolha para pedir ajuda. Achamos que os outros estão demasiado ocupados para nos escutarem. Os filhos precisam de nós e não há tempo para “mariquices”. Se nos focarmos no trabalho ele vai “salvar-nos”. Vamos de férias que isso passa. Postamos fotos bonitas no instagram para sacarmos likes que nos vão fazer sentir melhor. Bebemos para esquecer. Drogamo-nos para não sentir. Enfim.

 

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Podia, com propriedade, dizer-se que é um problema que resulta da sociedade moderna, em que temos tudo para estarmos mais próximos uns dos outros, mas estamos mais afastados do que nunca. Em que a cultura do “parecer” é mais relevante do que a do “ser”. Mas a verdade é que tudo isto é efémero. O “sucesso” nas redes sociais é com certeza, mas também o é a própria vida, os problemas e até a depressão. Ou poderá ser, caso procuremos ajuda.

 

Aquilo que será visto como um sinal de fraqueza é, pelo contrário, uma prova de força. Força de vontade e, sobretudo, de viver. Com a qualidade que todos merecemos.

 

Que este momento infeliz seja mais um exemplo do que (não) devemos fazer perante a adversidade. A ajuda pode estar literalmente à distância de um telefonema. Para um amigo, um familiar ou para um estranho, que está do outro lado para ajudar.

 

SOS Voz Amiga

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06 de Junho, 2018

O livro que gostávamos que nunca acabasse

Filipe Gil

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O cancro não é uma merda. É uma grande merda! Um ceifador de vidas, um inimigo que se bate sem mostrar a cara e que “joga” nos bastidores. E, quando lhe convém, ataca sem perdão. É mesmo, mesmo uma valente merda.

E foi, no mínimo, com esta sensação que fiquei depois de ler o livro recém-publicado “Não Respire” do jornalista Pedro Rolo Duarte, que morreu no final de novembro de 2017. De cancro.

Já aqui tinha admitido a minha admiração pelo jornalista. E com curiosidade peguei no livro que vi sozinho numa mesa da redação. Um livro que é uma conversa de amigos, na qual o jornalista nos conta coisas que, durante uma vida, apenas a alguns amigos confidenciamos.

E tal como na vida - exactamente como aconteceu na vida real - quando nos estamos a aproximar, a sentirmo-nos mais próximos das ideias, dos gostos, da vida de Pedro Rolo Duarte, o livro acaba (e com ele a vida do Pedro). E é um murro no estômago. Já sabíamos que ia ser assim, mas custa. É difícil. É como a morte dos avós. Sabemos que um dia vai acontecer. A sua condição de idosos é, em criança, o mais próximo relacionamento que temos com a morte. Vivemos com isso, mas quando chega o dia fatídico o mundo desaba como se fosse uma surpresa.

 

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Ora, voltando ao livro, nele Pedro conta-nos alguns episódios que viveu no jornalismo, na vida e fala-nos com o carinho natural de um pai orgulhoso do seu filho, do António Maria. Acredito que a relação dos dois tenha sido assim mesmo como ele nos conta. E é inspirador – pelo menos para quem é pai ou pretende ser.

 

Por isso acho que é um livro que todos os homens (e mulheres), pais ou não, deviam ler. Há ali uma lição de vida. Um gosto pelas pequenas coisas e uma sagaz transparência por coisas que às vezes não correm tão bem. Como na vida real. E, confesso que, quando virei a última página, fiquei triste, pasmado até, e só me apeteceu abraçar os meus filhos.

Sabemos de antemão que aquelas são mesmo as últimas linhas que lemos do Pedro Rolo Duarte.  E por isso quando chegamos ao fim gostaríamos que o fim não fosse mesmo o final. Uma merda, repito.

 

 

04 de Junho, 2018

Há uma ecopista para descobrir no Dão. E, sim, é incrível!

João NC

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Se apenas conhecem o Dão pela Região Demarcada – o que não está mal de todo – preparem-se para ficar surpreendidos. A Ecopista do Dão, não só é mais longa do país, como é daquelas coisas que nos faz exclamar: “Sou menino para fazer isto!”.

 

São 49,2 quilómetros de um percurso que começa em Santa Comba Dão junto à margem do rio Dão e do seu afluente, o rio Paiva. Inaugurada em 2011, 23 anos após o encerramento da antiga Linha do Dão, que havia sido criada em 1890, faz a ligação entre os concelhos de Tondela, Viseu e, claro, Santa Comba Dão.

 

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Ainda que possa ser percorrida a pé, recomenda-se a utilização da bicicleta para a descoberta deste caminho que, partindo de Santa Comba Dão, percorre a antiga linha de comboios, seguindo o curso do rio e as suas curvas, tendo sempre como paisagem de fundo a natureza típica da região.

 

A ausência de grandes desníveis, aliada ao bom pavimento, em cimento – pintado de azul no concelho de Santa Comba Dão, verde em Tondela e vermelho em Viseu –, torna-a bastante acessível para todo o tipo de caminhantes, ciclistas ou corredores.

 

Somos meninos para ir experimentar isto já este verão. Isto partindo do princípio que este ano vamos ter verão, claro.  

 

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