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Like A Man

30 de Novembro, 2016

Natal 2016: Guia de Compras para Relações Felizes. (Parte I)

LiAM

Ele são as músicas da época nos centros comerciais, as luzes que brilham um pouco por toda a cidade, o olhar esgazeado das pessoas nas compras, enfim, não há como não reparar: o Natal está aí à porta.

Aqui no LiAM somos pró-amor e gostamos de ver as pessoas felizes. Sabendo que o tópico “ofertas de Natal” é sempre delicado e que o presente errado, não sendo coisa para abalar uma relação pode, pelo menos, dificultar a digestão das rabanadas, resolvemos dar uma ajuda.

Nesta primeira parte do “Guia de Compras para Relações Felizes” damos uma ajuda às senhoras, com uma selecção de presentes que qualquer homem gostaria de receber, seguindo uma premissa que nos parece importante: apenas sugerimos produtos de marcas portuguesas emergentes. Marcas que ainda estarão a dar os primeiros passos, mas já o fazem de uma forma muito assertiva e com uma qualidade que vale a pena reconhecer. E um pouco de orgulho nacional fica-nos sempre bem, sobretudo nesta época festiva, certo?

 

Óculos de sol

Há muito que os óculos escuros deixaram de ser apenas óculos para usar só porque está sol. Sim senhor, são úteis em dias de sol, mas são também um acessório indispensável de estilo.E neste particular, as marcas portuguesas estão a dar cartas, até pelo mundo fora. E por falar nisso, começamos pela Fora Sunglasses, uma marca que se assume como revivalista, cujos modelos são feitos manualmente em edições limitadas para evitar a “massificação do produto e oferecer ao cliente a peça perfeita para usar todo o ano”.

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Num registo mais "natural", está a Skog, que ficou conhecida pelos óculos feitos de madeira. Ainda que hoje tenha também óculos de outros materiais (para além de não ter apenas óculos de sol), deixa a garantia de que apenas usa materiais sustentáveis, com um extra que nos deixa a todos bastante satisfeitos: por cada par de óculos vendidos a Skog garante que planta duas árvores.

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Gravatas

No LiAM somos adeptos de um estilo de vida mais casual, sem necessidade de grandes formalismos. Mas, de vez em quando, uma gravata fica sempre bem. A pensar nesses dias, mas também em todos aqueles cujas obrigações profissionais ainda não dispensam a gravata, fica a sugestão de uma marca portuguesa recente, mas que já está a causar muito boa impressão lá por fora. O que até faz sentido, já que a Comodoro associa-se à herança marítima portuguesa numa lógica de resiliência para ultrapassar as dificuldades de um mercado muito competitivo. E quem dobra o Cabo da Boa Esperança também consegue dar um nó de gravata à homem, dizemos nós.

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Meias

Sim, é um cliché de Natal, mas a verdade é que as meias já não são o que eram. As meias certas, entenda-se. Pensem connosco: nem sempre é fácil para um homem fazer um statement na escolha da sua indumentária. As mulheres têm as jóias, a maquilhagem e a roupa que podem e devem ser sempre uma extensão da sua personalidade. Um homem que tenha necessidade de usar fato e gravata, num ambiente corporate, não pode inventar muito. Mas pode fazê-lo com as meias. Sempre com algum cuidado para não cair num exagero indesejado, a Westmister propõe exactamente isso: explorar esse lado criativo e arrojado na escolha das meias. A assinatura da marca - “The Finest Socks” diz tudo.

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Calções de banho

Porque não? Sim, estamos quase em dezembro e não tarda está um frio de rachar, mas porque não aproveitar esta altura do ano para surpreender e, quem sabe, começar já a planear o próximo verão ou até umas férias de inverno nos trópicos? Se aos calções de banho acrescentar um bilhete de avião para um destino paradisíaco, então é satisfação garantida!Neste caso sugerimos uma marca portuguesa que tem tido uma ascensão meteórica. Com apenas uma mão cheia de anos de existência, a DCK tomou o mercado de assalto com uma excelente relação qualidade-preço-variedade. O cuidado com o design e a apresentação das colecções fizeram o resto, para fazer desta uma marca já incontornável do beach wear nacional.

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Camisas

Mais um clássico de Natal que se justifica plenamente. Camisas num armário masculino nunca serão demais, dizemos nós. Sobretudo se tiverem a qualidade da The Portuguese Flannel, uma marca que leva ao mundo os grandes valores da indústria têxtil nacional, com uma imagem impecável, como nós por aqui gostamos.

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Para a barba

Para os homens de barba rija (que somos todos, mesmo que na cara tenhamos apenas uns quantos pêlos mal semeados), temos duas opções: uma para quem gosta de andar sempre bem barbeado, e outra para quem prefere o look barba orgulhosamente comprida e bem cuidada. A Antiga Barbearia de Bairro remete-nos para os bairros típicos portugueses de outros tempos, onde os homens andavam sempre impecavelmente barbeados (excepção feita, muitas vezes, ao típico bigode português).Uma altura em que a barba se desfazia na navalha, depois de umas passagens de sabão com o tradicional pincel, uma tradição que agora é possível recuperar com esta marca que se propõe exactamente fazer renascer o ritual do barbear de outros tempos.

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Na outra face desta mesma moeda que é o barbear está a Barba Brada, a marca que declara desde logo ao que vem, com uma declaração de “guerra” às lâminas de barbear, disponibilizando uma gama de produtos essenciais para o cuidado da barba. Sim, porque a barba pode andar grande, mas desmazelada é que não. Os elixires da marca propõem que acabemos todos com uma barba mais macia, preenchida e lisa. Só para apreciadores(as).

 

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Acessórios de bicicleta

Assistimos em Portugal – finalmente! – a uma maior adesão ao fenómeno “ciclístico”. Não tanto numa perspectiva de competição, já que uma camisola amarela é coisa que não fica bem a toda a gente, mas mais numa lógica de utilização lúdica e até como meio de locomoção no dia-a-dia, o que é uma excelente notícia para o ambiente e para a mobilidade urbana. À boleia desta mudança de mentalidade vai a Happy Bicycle que, como o nome sugere, é feliz neste universo das duas rodas. Para que outros o sejam também, a marca propõe uma série de acessórios inovadores, inspiradores e arrojados para todos os amantes de bicicletas, no sentido de alimentar esta revolução do ciclismo urbano.

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Hortas em casa

Vamos ser francos: quantos de nós, se pudéssemos, não trocaríamos os apartamentos por uma casa com quintal, barbecue e, a cereja no topo do bolo, uma piscina para umas braçadas à Michael Phelps de fim-de-semana? Não precisam de pôr o braço no ar, que aqui o voto é secreto, mas não custa adivinhar a resposta. Menos secreta será a tendência para termos nas grandes cidades uma forma de podermos cultivar as nossas próprias ervas e plantas, numa lógica de horta caseira. Uma forma que, neste caso, se chama Herb Pack, uma marca de vasos muito especiais que permitem cultivar ervas ou plantas, sem necessitar de ter um pátio ou jardim em casa. Segundo a marca, uma parede é de tudo quanto se precisa. E destes vasos, claro. Mais do que um jardim vertical, é uma forma de um homem se manter conectado com a terra, mesmo longe da terra. É só arregaçar as mangas e começar.

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Mochilas e Messenger bags

Freud explicaria isto melhor do que nós, mas se há coisa que deixa um homem satisfeito é ser proprietário de uma boa mochila. Talvez tenha a ver com a satisfação de saber que, caso seja necessário, pode arrumar umas coisas e partir à aventura, mas a verdade é que uma boa mochila deve fazer parte da lista de pertences de um homem que se preze.

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Não havendo um tipo ideal de mochila que possamos sugerir, já que a componente “gosto” é sempre muito pessoal e discutível, há no entanto uma marca ideal que podemos recomendar, que se chama exactamente Ideal & Co. Agrada-nos a estética e minimalismo, para além da qualidade das peças. Minhas senhoras, se a opções for esta, aproveitem e comprem uma também para vocês. Se é para fugir da rotina, fugimos juntos. Certo?

Sapatos

Não podíamos fazer um especial de Natal a falar de marcas portuguesas sem falar de sapatos. Se há coisa em que somos realmente bons é na nobre arte de calçar pessoas. Felizmente, estamos também cada vez melhores a assumir essa capacidade e a fazê-lo com marcas próprias, ao invés de produzirmos apenas para as grandes marcas internacionais.E fazemo-lo não só com estilo, mas também com a criatividade e irreverência que nos caracterizam. A Undandy é um óptimo exemplo disso. Apostando forte no mercado masculino, a marca, para além da colecção "normal", propõe ao cliente que crie, de raiz, o seu próprio sapato através de uma plataforma digital – escolhendo a forma, as matérias em cada parte do modelo, as cores, a costura, os atacadores e até a personalização da escrita na sola. Se a ideia é ir para algo mais casual, há ainda a possibilidade de usar a sola de um ténis num modelo de sapato formal.oxford-shoe-leather-suede-grey-brown-48-finley-side2

Outra marca que propõe algo com um carácter de inovação bastante semelhante é a Freakcloset, mas neste caso numa lógica de clássicos com um twist. A ideia é recorrer aos modelos clássicos e intemporais, conjugando-os com materiais disruptivos, como o neoprene, sempre à vontade do freguês. Ou seja, uma vez mais é o cliente quem decide como vai ficar o produto final, partindo de uma base de três sapatos rasos (Derby, Monk e Loafer) e duas botas (Chelsea boots e Ankle boots), pode decidir as cores das peles, do neoprene, da sola e dos atacadores. O objectivo? Exclusividade aliada à qualidade do calçado português.draper

Pulseiras

Sim, é um facto: usar pulseiras não faz de nós menos homens. Mas atenção ao tipo de pulseira que se escolhe. Com a Cabo d’Mar dificilmente vamos fazer má figura. Partindo de uma base com muito bom gosto e qualidade, a única dificuldade será conseguir conjugar o tipo de pulseira com a ocasião e com o resto do outfit.Com uma inspiração marcadamente náutica, a Cabo d’Mar soltou amarras desse universo tão exclusivo e tem hoje uma oferta muito variada e sempre competente na difícil tarefa de nos deixar satisfeitos e, acima de tudo, confortáveis com o facto de estarmos a usar uma pulseira.

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Localizador

Não há outra forma de definir esta categoria. Trata-se exactamente de um localizador, aquilo que a Lapa nos propõe. Como o nome insinua, será algo que se agarra ao objecto ou até ao Ser (já que a marca sugere que pode usado em animais e até crianças) que não se quer perder de vista e está feito. Sempre que o objecto ficar perdido é só ligar a aplicação da marca que tem no smartphone e esta dir-lhe-á onde este se encontra. Com um alcance de 50-70 metros, a Lapa apresenta ainda como vantagem o facto de funcionar em comunidade, ou seja, mesmo que o objecto fique fora de alcance, se alguém com a mesma aplicação passar por ele, vai poder avisar o proprietário sobre a localização do objecto perdido. De génio, não?

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Livros “Obrigado Portugal”

Recordam-se do terramoto que no ano passado assolou o Nepal, onde estavam dois portugueses que decidiram colocar as suas vidas em suspenso para ficar no terreno a ajudar as vítimas da tragédia? Esses dois portugueses chamam-se Pedro Queirós e Lourenço Macedo Santos e, em função dessa decisão, fizeram nascer a Missão Obrigado Portugal, nós também somos Nepal.Uma missão que agora editou dois livros cujas receitas revertem para ajudar a Missão que continua no Nepal a prestar o auxílio necessário aos sobreviventes da tragédia.

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“Vocês voltam amanhã?” era a pergunta que os Nepaleses faziam aos portugueses todos os dias e é também o título do livro que relata, através de textos e fotografias, a experiência vivida no terreno.Autores: Lourenço Macedo Santos, Maria da Paz Braga e Pedro Queirós. PVP: 20€“A aldeia da esperança” é um livro para os LiAMs mais pequenos que vão poder aprender as regras a seguir em caso de terramoto, para além de descobrirem curiosidades acerca do Nepal, aprender o valor da solidariedade e sentir-se mais próximos dos meninos nepaleses que viveram a catástrofe, através dos desenhos que estes fizeram da sua terra, para incluir neste livro.Autores: Lourenço Macedo Santos, Maria da Paz Braga e Pedro Queirós, com ilustrações de Pedro Benvindo. PVP: 12€Os livros estão à venda nas principais livrarias de Portugal, sendo também possível encomendar directamente à Associação, através do e-mail: info@obrigadoportugal.org

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28 de Novembro, 2016

Sexta-feira negra

LiAM
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25 de Novembro, 2016

A menina dá licença? Deixe lá, não precisa.

LiAM
rape-is-rapeÉ uma notícia de hoje, curiosamente dia em que se assinala o Black Friday, o que até pode fazer sentido, já que expressa bem o resultado de um estudo levado a cabo pelo Eurobarómetro da Comissão Europeia: negro, muito negro.Olhamos para estes números e o que percebemos? Antes de mais, que 66% dos portugueses inquiridos disseram que em nenhuma circunstância o sexo sem consentimento é aceitável. Sim, 66%. Fui ver de novo, pensando que os números pudessem estar de pernas para o ar. Uma gralha, quem sabe. O resultado correcto só podia ser 99%. Mas não, de pernas para o ar parecem estar os valores dos inquiridos. Até porque (estão sentados?) 29% deles responderam que há momentos em que o sexo sem consentimento “se justifica”. E que momentos são esses? - perguntam vocês. Algo deste género: “se a vítima estiver bêbeda ou drogada, se estiver vestida de forma provocante ou até se andar pela rua sozinha à noite.”Ora bem, “os portugueses devem estar loucos”, é o pensamento que nos assola o espírito. Então deixa cá ver o que dizem os inquiridos dos outros países (europeus): 12% consideraram “justificável o sexo sem consentimento” quando a vítima está bêbeda ou drogada; 11% quando esta aceita voluntariamente ir para casa do agressor; 10% quando veste algo revelador, provocador ou sexy; 10% quando não nega claramente ou não resiste fisicamente; 7% quando anteriormente já houve um flirt; 7% se têm relações sexuais com vários parceiros; 7% se anda pela rua sozinha à noite; 4% se o agressor não compreender o que estão a fazer e 2% se o agressor se arrepender.Ok... Pausa para respirar. Foi, portanto, esta malta que ficou indignada com todos os comentários do Sr. Trump, do outro lado do Atlântico, sobre agarrar as mulheres pela vagina, etc? Muito bem. E mais pérolas resultantes deste estudo, temos? Infelizmente temos.É quase comovente saber que Portugal está no topo da lista contra o piropo. Ao que parece, 74% dos nossos compatriotas afirmaram que “fazer comentários sexualmente sugestivos ou piadas a uma mulher que passe na rua” é “errado”, reforçando que já é ou deveria ser punido judicialmente. É bom, não é? Sim, mas vamos lá ver se percebemos a lógica: lançar um piropo, não senhor. É prisão com eles!; aproveitar o estado de embriaguez de uma mulher para lhe saltar para cima ou concluir que só porque esta veste uma mini saia está mesmo a pedi-las já é perfeitamente aceitável?Antes de abrirem uma nova janela do browser para pedirem o visto para o Canadá, importa referir que a amostra para este estudo foi composta por 27 818 pessoas, entrevistadas entre 4 e 13 de Junho deste ano (fui ver e confirmo que estamos em 2016). Uma parte de mim quer acreditar que isto por cá foi entregue a um estagiário que ligou para a prisão da Carregueira para despachar as entrevistas. A outra parte de mim sabe que isso será improvável e adianta desde já com outra explicação: 29% das pessoas que responderam a este inquérito estariam alcoolizadas e/ou drogadas, o que torna tudo mais simples. Seguindo a sua própria lógica, é violá-las. Pode ser que aprendam alguma coisa.
23 de Novembro, 2016

Ir à bola.

LiAM
bolaEm semana de Liga dos Campeões, parece-nos apropriado escrever sobre futebol. Não, ainda não é desta que vamos entrar no sempre perigoso universo da “clubite”, até porque aqui no LiAM somos dois a torcer por clubes diferentes. A seu tempo abordaremos essa questão, com todo o cuidado para não terminarmos com cadeiras pelo ar e a inevitável (nestas circunstâncias) intervenção policial.Queremos, isso sim, falar-vos dessa actividade já centenária e sempre especial no universo masculino a que comummente chamamos “ir à bola”.Ir à bola é especial, não vale a pena esconder. Qualquer homem que se preze - mesmo os (dois ou três) que não gostam de futebol - sabe que ir à bola não é uma coisa que se faça de ânimo leve, como ir ao cinema ou às compras. Vai-se ao estádio para ver a bola, claro, mas também para comungar de um tempo e de um espaço com outros homens (e cada vez mais mulheres), numa lógica de irmandade como não existirá noutra actividade social. Ali não há religiões, credos, raças ou partidos políticos. Ali há gajos que estão a ver a bola juntos e (só) querem que a sua equipa ganhe. Naqueles 90 minutos isso não é apenas a coisa mais importante do mundo, como é a única coisa que importa no mundo inteiro. E não, não estou a exagerar. Reparem: em que outra actividade na vossa vida admitem acabar a abraçar um tipo que não conhecem de lado algum? (se, ainda que por uma fracção de segundos, pensaram na sauna do ginásio, estão com um problema e é melhor irem ver isso.)O futebol sim, tem isto. Aproxima as pessoas e faz com que toda e cada uma daquelas 50 mil almas que estão dentro do estádio seja um amigo em potência. Repito: não estou a exagerar. Há malta que foi à tropa e não sofreu tanto como nós todos (juntos) naquela eliminatória das competições europeias da época 2001/2002 (não vale a pena irem pesquisar porque inventei a data)!A verdade é esta, meus senhores: ir à bola faz de nós uns homens. Não no sentido sexista do termo, até porque é óptimo que cada vez mais mulheres marquem presença nos estádios, mas antes numa lógica contrária. Se um homem era (atenção ao tempo verbal) conhecido por ser um brutamontes desligado das suas emoções e com uma óbvia incapacidade de mostrar afecto, o futebol sempre nos revelou o contrário. As emoções fazem parte do jogo e afecto é coisa que não falta nas bancadas, principalmente no momento dos golos. E o homem de hoje é muito isso. É alguém conectado com as suas emoções e sem receio de as mostrar ao mundo. Infelizmente, ainda precisamos de um certo prolongamento nestas coisas (dada a inexperiência, talvez). É que, com o apito final, acabamos por voltar à vidinha de sempre, selando com um aperto de mão a relação que momentos antes envolvia abraços.Somos uns duros, é o que é. 
22 de Novembro, 2016

Preparar os (nossos) filhos para a vida

LiAM
istock_000058813498_largeNunca mais me esqueço de uma entrevista que fiz a um arquiteto em 2009. Esse arquiteto tinha vivido fora do país, num país do norte da Europa e era, penso que ainda o seja, uma daquelas pessoas com mundo, culta e muito interessante.Depois da entrevista ter terminado, em jeito de conversa, partilhei a minha própria experiência de ter vivido, igualmente, num país do norte da Europa. Falámos das diferenças da sociedade e chegámos à parte em que comentámos a forma como se educam as crianças por lá – tinha acabado, eu próprio, de ser pai pela primeira vez.Falei da forma como os adolescentes do norte da Europa trabalhavam desde muito cedo mesmo enquanto estudavam e como a sociedade os incentivava a tal. Em cafés, em bares, em supermercados, etc. É ali que aqueles jovens ganham o tal “pocket money”, o dinheiro para as viagens, para as sapatilhas de marca que querem  ou mesmo para levar a namorada a jantar e sobretudo para puderem, desde cedo, gerirem o seu dinheiro.O meu espanto aconteceu quando o arquitecto, na altura na casa dos 38/40 me disse que os filhos dele nunca iriam trabalhar antes de acabarem os estudos. Só mesmo por necessidade. Fiquei quase boquiaberto. Aliás, tive de disfarçar o meu espanto. Depois da conversa toda à volta de sociedades mais avançadas, das riquezas de conhecer outras culturas, de coisas boas e más, comparativamente com a sociedade portuguesa da altura ele disse-me que irá fazer o que a maioria dos pais – de classe média – já tinham feito uma geração anterior e tirar o “fardo” do trabalho aos filhos até saírem da universidade.Ainda hoje faz-me muita confusão este tipo de pensamento. Como é que ainda existem pais, já viajados, com cultura e acesso a muita informação a pensarem assim? E já não falo do tal arquiteto que, se calhar até já mudou de ideias, mas pelo que sei, pelo que vejo a maioria dos pais (mais ou menos jovens) preparam-se para sustentar os filhos até eles terem um emprego. Atenção não escrevi “trabalho” de propósito.487702845Quando temos filhos em casa temos uma enorme responsabilidade. São seres que vão ter de enfrentar o mundo, não pediram para nascer, temos de os “guiar” com muito cuidado e preparação. São seres individuais que vão criar os seus gostos e preferências, e não podem apenas fazer aquilo que os pais quiseram, e não conseguiram enquanto jovens fazer.Mas, uma das coisas em que lhes devemos orientar é saber como ganhar e gerir dinheiro. E ainda  mostrar-lhes, de forma instrutiva, o quanto custa ganhar no dia-a-dia e o quanto custa ser responsável. Acredito que se isso for incutido desde a adolescência os fará seres mais preparados para o que aí vem. Podem trabalhar apenas umas horas, ou aos fins-de-semana, mas o facto de saírem do casulo e terem responsabilidade é deveras importante. Fará deles uns homens (ou mulheres) com ferramentas para o futuro, que, como todos sabemos, de fácil não tem nada.Isto tudo para vos escrever que o fato de ser pai (e homem) é fantástico e que temos um papel importante em guiarmos os nossos filhos para o futuro - teoricamente todos sabemos isso.Enquanto estava a pensar neste texto, dei com uma entrevista de David Beckham a um programa de TV em que ele fala sobre o mesmo assunto. Ora vejam (sobretudo até ao minuto 1:18 – depois a conversa vai noutra direção):[youtube https://www.youtube.com/watch?v=l_0KtxzKZMw]Faz-nos pensar, não?
21 de Novembro, 2016

O caminho menos viajado

LiAM

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Quando se fala de escolhas, não será novidade dizer-vos que a vida é feita disso mesmo; opções e momentos decisivos que nos levam, ou não, até onde queremos chegar. O que conseguimos na vida será, em parte, resultado dessas muitas variáveis que (ainda) conseguimos controlar.

 

Não tendo a oportunidade de escolher o meio onde nascemos, diria que muito do que fazemos daí para a frente (mas não tudo, atenção) resulta dessa variável. Se nascemos numa típica família portuguesa de classe média, o nosso destino não será muito diferente disto: fazemos o ensino obrigatório, seguimos para o ensino superior e daí vamos para o mercado de trabalho, com a esperança de encontrar um bom emprego, que traga a ambicionada estabilidade financeira. Se não nos metermos nas drogas e acabarmos a arrumar carros no Cais do Sodré, é basicamente isto que nos espera, com mais ou menos mestrados ou doutoramentos ao longo do caminho.

 

A verdade é que, tirando algumas excepções, não tem havido grande variação nesta lógica de crescimento e desenvolvimento escolar e profissional desde há, diria eu, duas gerações. Ainda que nos últimos anos tenhamos assistido a dois fenómenos que são uma novidade em Portugal – universitários que vão para fora estudar ao abrigo do programa Erasmus, abrindo horizontes e fugindo um pouco a esta estrutura de crescimento “pré-fabricado”; e a febre do empreendedorismo, que pela sua complexidade será tema para um outro post; parece-me evidente que vivemos obcecados com as nossas profissões. Com a devida ressalva para os perigos das generalizações, diria que hoje em dia, mais do que aquilo que fazemos, o nosso trabalho tornou-se naquilo que somos.

 

Reparem que sempre que estamos numa situação em que conhecemos alguém pela primeira vez, e queremos saber um pouco mais sobre ela, uma das primeiras perguntas que fazemos (senão mesmo a primeira) é exactamente: “o que fazes?” ou “trabalhas em que área?”. Podíamos perguntar sobre as viagens que já fez, quais os hobbies de eleição, os filmes ou livros preferidos, mas não. Uma das primeiras curiosidades que queremos ver respondidas é exactamente “qual é a tua profissão?”, como se essa informação fosse fundamental para avaliarmos o carácter daquela pessoa que está diante de nós. Mais do que a simples curiosidade, tornou-se numa espécie de teste psicotécnico invertido (diz-me o que fazes, dir-te-ei quem és).

 

Por mais estranho que possa parecer, o que fazemos profissionalmente acaba por nos definir como indivíduos. Pelo tempo que passamos a trabalhar, que é bastante, pelo envolvimento emocional que criamos com os assuntos de trabalho e pela disponibilidade total que, ao que parece, temos de ter para com o trabalho e a entidade patronal (sob pena de sermos acusados de não nos esforçarmos), parece-me evidente que estamos a caminhar para um lugar estranho.

 

Um lugar onde “roubamos” tempo à família porque estamos demasiado ocupados a trabalhar para sermos super bem sucedidos e ganhar muito dinheiro para, no final das contas, gastarmos uma boa parte desse mesmo dinheiro para pagar a alguém que tome conta dos nossos filhos. Um lugar onde, quando não temos família e estamos a dar os primeiros passos na profissão, parecemos competir para ver quem sai mais tarde do escritório. Onde nos queixamos num misto de resignação e um certo orgulho idiota de termos passado o fim de semana a trabalhar. Onde fazemos o mesmo se estamos há mais de um ano sem férias, por exemplo.

 

Que lugar é este que cria esta dinâmica em que somos definidos pelo que damos ao nosso trabalho e pelo que fazemos, e menos - muito menos - por aquilo que somos realmente e pelos valores que conseguimos passar aos nossos filhos? E quantos de nós estão disponíveis e sensíveis ao tema o suficiente para inverter esta tendência? Quantos de nós, tendo percepção de que vivem uma vida cheia de muita coisa, mas vazia de tantas outras, percebem que se calhar não estão a fazer exactamente aquilo que sempre sonharam fazer? Sim, esse é um outro problema deste “lugar”. Depois de termos cumprido todas as etapas do tal “crescimento pré-fabricado”, depois de termos feito tudo o que esperavam de nós, muitas vezes damos por nós a fazer algo que não nos apaixona e que, ainda por cima, ocupa demasiado do nosso tempo. E o que fazemos nessa altura? O mesmo que fazemos sempre: aguentamos porque somos fortes, e é assim que é “suposto” ser. Será mesmo? Seremos mesmo? Ou seríamos mais fortes se tivéssemos a coragem de “virar a mesa”? De começar de novo, mas agora a sério. Com paixão e equilíbrio. Paixão no que fazemos e equilíbrio na forma como o fazemos.

Ok, será uma utopia pensarmos que todos podemos fazer exactamente aquilo de que gostamos e ainda sermos pagos por isso, mas em que altura da nossa vida devemos deixar de acreditar nisso? Em que momento de toda esta pré-formatação é que nos colocaram esta trela invisível que nos afasta do caminho menos viajado?

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A verdade é que queremos o mundo mas não estamos sequer dispostos a ir até ao fim da rua para perceber se haverá outro caminho a seguir. Não necessariamente melhor, mas com certeza diferente. Temos medo do escuro, do incerto, do abismo, do caminho sem trilho. Queremos o arrumadinho, o ordenadozinho, o subsidiozinho de férias, de natal, etc e tal. Queremos os direitos adquiridos e os que estão para vir. Neste caminho para o sucesso, não admitimos o que achamos ser o insucesso da dúvida, de nos questionarmos se é mesmo por ali que queremos ir. Preocupamo-nos com o que os outros vão pensar, sem pensar no que pensamos de nós próprios. O que diria o Eu, se fosse Tu? Meus senhores, ser Homem também é isto. Questionar, duvidar e decidir. Não ter certezas, mas seguir em frente. Não estar satisfeito e mudar. Sentir medo e, mesmo assim, ir. Onde? Ao fundo da rua. Trilhar o caminho menos viajado. Caminhar por onde está escuro, mas sempre em busca da luz. A nossa luz, não a dos outros. 

 

“A dúvida é o princípio da sabedoria.” Aristóteles

19 de Novembro, 2016

Relógios intemporais

LiAM
social_weekender_tw2p86800_charleston_2Gostamos de relógios. E já o tínhamos dito aqui que adoramos esta "jóia" masculina a outras novas tecnologias.  E sim, para estes ecrãs vale a pena olhar. Assim, apresentamos alguns modelos da nova coleção da norte-americana Timex. Segundo o comunicado que nos fizeram chegar, esta "nova coleção outono/inverno onde a intemporalidade continua a ser destaque".A coleção divide-se  em vários  modelos dos quais apresentamos algumas imagens:Waterbury Classic, com bracelete em pele genuína do Red Wing Shoes, mostrador com numeração árabe e luz noturna Indiglo, é um modelo vintage renovado que confere ao look uma elegância única.[gallery ids="844,869,868,867" type="rectangular"]O modelo Scout, pelo seu design clássico outdoor com função easy-set quick de data, bracelete de pele genuína, luz noturna Indigno é o relógio ideal para os amantes de horas passadas no exterior.[gallery ids="851,852,853" type="rectangular"]E ainda os Originals.[gallery ids="861,862,863,864" type="rectangular"]     
18 de Novembro, 2016

Raios partam os ecrãs!

LiAM
iphone-5-partidoVivemos a olhar para ecrãs! Aliás, é assim que os nossos leitores nos seguem, ora por computador, smartphone ou tablet. São os tempos que vivemos e que muito dificilmente vão voltar para trás. E isso tem coisas fabulosas.O acesso contínuo e rápido à informação. Comunicações ao minuto, seja para o outro lado do mundo seja para a pessoa que está à nossa frente…Mas é precisamente isso que também é mau. Deixamo-nos “viciar” pelos pequenos dispositivos que estão 24 horas connosco (ou ao nosso lado). A primeira coisa que fazemos ao acordar é olhar para o smartphone ou tablet, que já foi a última coisa que fizemos antes de desligarmos a luz, já deitados.Conheço algumas pessoas que acordam a meio da noite para verem e-mails. O que às vezes até pode ser justificável pela globalização do mundo de trabalho. Quem sabe se não é uma proposta de trabalho que nos chega do outro lado do mundo? Mas valerá a pena?Como homem preocupa-me a forma como os ecrãs estão a invadir a nossa vida privada e familiar. Com tudo o que tem de bom, acho que está na altura da maioria de nós passar da adolescência do uso dos devices para a fase adulta.E o que é a fase adulta? É usar os ecrãs com conta peso e medida. E quando falo em ecrãs não falo apenas de smartphones e tablets, mas também das TV’s.Quantas famílias, clássicas ou modernas, funcionais ou disfuncionais não passam a hora de jantar a olhar para a TV em vez de falarem uns com os outros. Quantas famílias não vão jantar ao restaurante XPTO e passam, cada uma delas, o tempo todo a olhar para os seus smartphones? Sem partilha, sem conversa. Só sou eu a achar isto assustador? Aliás, já existe uma doença chamada Nomofobia que é o medo de ficar sem telemóvel.Às vezes até em eventos que devem ser de networking, as pessoas refugiam-se nos telemóveis.Que seres nos estamos a tornar? Que seres estamos a transformar os nossos filhos? Não será altura de regrarmos o uso das tecnologias (ao gosto de cada um, claro) para termos algo mais equilibrado.kidplayinthegroundAs crianças devem brincar com os smartphones e tablets, e consolas de vídeo, e ver desenhos animados na TV. Devem fazê-lo! São os tempos que vivemos. Mas com conta peso e medida.Porque também devem ir jogar à bola, jogar às escondidas, sujarem-se, fazerem umas belas nódoas negras. Apanhar chuva, frio e vento. Terem desilusões. Saber crescer. Aliás, por vezes vejo pais agarrados aos smartphones em parques onde as crianças brincam umas com as outras, mas também querem a nossa atenção. Dá que pensar não? A mim deu-me porque já fui assim. Confesso. Mas agora não. Evito. Ao máximo. Tudo o que é um exagero faz mal.O problema é que a maioria de nós não consegue perceber onde está o exagero. Por vezes, se o e-mail não é respondido em minutos ficamos a stressar, ou se a chamada não é devolvida imediatamente o nosso estado de espírito muda por completo. Convém refletir sobre isso. Queremos criar os futuros homens de amanhã como homens à séria ou como seres que vivem a realidade através de imagens, tal como como na Alegoria da Caverna de Platão? A escolha está nas nossas mãos.alegoria da caverna.gif
17 de Novembro, 2016

Outono/Inverno em duas rodas. Porque não?

LiAM

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Aqui no LiAM não escondemos a nossa paixão pelas duas rodas. Não apenas pelo prazer de condução mas sobretudo pelo lado prático de nos podermos deslocar pela cidade sem ficarmos bloqueados nas intermináveis filas de trânsito. Já para não falar no estilo que representa conduzir a mota “certa”.


 

 

16 de Novembro, 2016

A ressaca da América...e do mundo.

LiAM
01_h03peteryork_1218242kJá muito se escreveu e falou, e muito irá ainda ser falado e escrito mas aqui no Like A Man não conseguimos ficar indiferentes a um assunto que mexe com a vida de todos nós: a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos da América.Claro que um gentleman evita quase sempre falar de religião, futebol (que tenha ver com clubes) e de política. Contudo, Trump é mais do que política. É mais do que a divisão entre esquerdas e direitas. A governação de Trump vai mexer com todos nós, mais do que Obama ou mesmo George W. Bush mexeu. A América está em choque, quem não votou e até mesmo quem voto nele (como bem ilustra este cartoon de David Rowe).cwz6bhdxeaabskzDevemos ter receio ou devemos achar que os Estados Unidos estão lá longe e pouco nos irá influenciar? Um misto dos dois. Apesar do discurso de Trump ter sido sobretudo virado para dentro do seu país, o resto do mundo será influenciado pelas suas ações.Trump é demasiado vaidoso para, uma vez estando na Casa Branca não tentar voltar a colocar a América como o polícia do mundo.Mas para além de termos de estarmos atentos ao que Donald Trump vai fazendo e a forma como as suas ações serão descodificadas pelos comentadores políticos, devemos, sobretudo, estar atentos ao que se irá passar na Europa. Um Trump nos Estados Unidos pode fazer muita mossa ao mundo, mas um Trump em solo Europeu, replicado por várias nações poderá ser muito, muito perigoso.O facilitismo do surgimento do populismo leva-nos a isso. Há coisas boas que uma crise económica pode trazer a uma sociedade – acredito piamente que sem crise não teríamos esta avalanche de empreendedorismo luso -, mas há coisas más, aliás, muitas, e uma delas é o estado espírito crítico dos cidadãos que esmorece. Passamos a hierarquizar as necessidades mais básicas. A esperança é atacada todos os dias, ficamos mais nervosos, ficamos mais frágeis e é nestes momentos históricos que surgem figuras estranhas (como Trump) que chegam ao poder. A um poder desmesurado. E isso na Europa, com a sua história de guerras é muito preocupante.E não, nem todos os milhões de norte-americanos que votaram em Trump são homens, brancos, ricos, racistas, homofóbicos e com um ódio de estimação pelos jornalistas. Muitas minorias votaram em Trump. E o nosso duplo dever, como cidadãos deste planeta é estar atento ao que vem do outro lado do Atlântico mas também, e sobretudo, perceber e analisar as razões de tal surgimento deste populismo (atentem ao que se passa no leste europeu). Não basta confiar nas elites para resolver os nossos problemas. Há que analisar, ler, escrever, pensar e usar bem mais precioso do ser humano: a sua mente. Não entre em colapso ao som dos soundbytes televisionados ou passados nas redes sociais. Há vida séria para lá dos ecrãs.Há dias escrevi que é necessário ter mundo. Ora esse mundo dá-nos força de espírito para que, nas nossas casas, nos nossos empregos, nos nossos clubes, nos nossos relacionamentos não escolhemos o facilitismo. E termos opinião própria. Seja mais conservadora ou mais liberal. Mas no equilíbrio do bom senso, sem histerias. Os próximos meses serão demasiado importantes para andarmos alienados disto tudo.

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